quinta-feira, 8 de outubro de 2009

17º ENJAC destaca as grandes lutas dos jornalistas brasileiros

Foto Arthur Lobato

Com aproximadamente 450 participantes, entre delegados e observadores, o 17º Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Comunicação (ENJAC), realizado de 1º a 4 de outubro, em Goiânia, constituiu-se em um grande marco das lutas dos jornalistas brasileiros. A defesa do diploma e da regulamentação da profissão, da democratização da comunicação, da liberdade de expressão, de uma maior organização do segmento e de suas reivindicações específicas, foram algumas das lutas destacadas entre as deliberações do evento.

Questões como o mercado de trabalho em assessoria de comunicação e as transformações no jornalismo com o advento de novas tecnologias, a formação acadêmica voltada a uma maior qualificação do profissional para atuar neste segmento, com a inclusão de disciplinas ligadas ao trabalho em assessoria de imprensa n nos currículos dos cursos de jornalismo, conformaram alguns dos debates e resoluções específicos do 17º ENJAC.

O reconhecimento da função, com sua inclusão na regulamentação profissional dos jornalistas, também foi novamente reivindicado. A Comissão Organizadora do 17º ENJAC trabalha na sistematização das teses e propostas aprovadas no evento. Tão logo o documento esteja concluído ele será disponibilizado no site da FENAJ.

Rico em propostas e resoluções específicas do segmento de assessoria de imprensa, o 17º ENJAC destacou na “Carta de Goiânia”, seu documento político final, as lutas nacionais da categoria. Houve, no evento, farta crítica à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou a exigência do diploma em Jornalismo inconstitucional e manifestações de apoio à continuidade e ampliação da luta pela reinstituição desta exigência. O ato público em defesa do diploma, antes previsto para o segundo dia do evento, foi realizado no sábado, e no auditório onde se realizou o 17º ENJAC, em função das condições climáticas.

Também ganharam destaque as reivindicações de atualização da regulamentação da profissão, criação do Conselho Federal dos Jornalistas (CFJ), defesa da liberdade de expressão, criação de uma nova Lei de Imprensa, de caráter democrático, e em defesa da 1ª Conferência Nacional de Comunicação como espaço privilegiado de luta pela democratização da comunicação no país, com a formulação de políticas públicas e de um novo marco legal para o setor, com participação da sociedade.

Durante o 17º ENJAC a Federação Nacional dos Jornalistas lançou a nova carteira de identidade profissional da categoria, um cartão magnético com chip, e materiais da Campanha Nacional Contra a Precarização das Relações de Trabalho dos Jornalistas. Deliberou-se, ao final do Encontro, que o 18º ENJAC será em Natal (RN).

Boletim Fenaj

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