
O presidente do SJPMG em exercício, Arthur Lobato abriu o evento lembrando com indignação o ocorrido em Ouro Preto em 2009 em episódio marcado por agressões a jornalistas e manifestantes que tentaram presenciar as comemorações de 21 de abril. “No conclamado “dia da liberdade” fomos agredidos de todas as formas. Tivemos cerceados todos os direitos de livre expressão e manifestação de pensamento. O governador Aécio Neves mostrou a que veio com sua política neoliberal e de total intolerância, impedindo o acesso de todos à Praça Tiradentes e agredindo aos que tentassem burlar sua polícia”.

Lobato advertiu sobre o perigo da falta de mobilização da categoria em torno de objetivos comuns. “Querem acabar com o jornalismo! Geralmente quem escolhe essa profissão o faz por vocação, pela vontade de transformação, pelo compromisso com a ética e com a sociedade. Se nos tiram nossos direitos, se nos enfraquecem enquanto profissão, onde vamos parar?”, ressaltou. “Vejo aqui um pequeno número de colegas, o que não faz com o que o evento tenha menos qualidade, mas não podemos continuar apáticos quando se trata de discussões de nosso interesse. Precisamos estar mais juntos, mobilizados senão teremos mesmo um fim”, preconizou.

O assessor jurídico da Fenaj e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, Claudismar Zupiroli foi o convidado especial do Encontro. Sua palestra abordou questões jurídicas, sob o ponto de vista processual, sobre todas as decisões e trâmites legais que por fim culminaram com a queda do diploma em junho de 2009. Ele solucionou dúvidas e elucidou questões sobre o projeto de emenda constitucional que atualmente aguarda votação na Câmara dos Deputados, em Brasília. Sobre ela afirmou se tratar do último recurso para reversão da decisão do STF.

O retorno da validade do diploma como premissa para o exercício do jornalismo, no entanto, tem outro entrave que assusta: após sancionada na Câmara, para ser incorporada à Constituição e passar a ter validade, precisa antes ser sancionada pelo Supremo Tribunal Federal, instância máxima do país e mesma que decidiu pela inconstitucionalidade da exigência do diploma. Sobre o perigo de veto Zupiroli disse não acreditar que o Supremo cometa tal barbaridade, tentando tranquilizar os participantes.

Às 19h30 foram encerradas as palestras e os debates do Encontro Praparátório que teve a participação de cerca de 60 pessoas. Em seguida teve inicio a festa em comemoração ao Dia do Jornalista (07 de abril). Animada pela Banda República S/A, encerrou a programação do dia com chave de ouro.







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Publicado no site Jornalistas de Minas
Fotografias: Sérgio Falci
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