segunda-feira, 13 de maio de 2013

Brasil de Fato em Minas Gerais

 

A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) e os Movimentos Sociais lançam, no próximo dia 13, às 19h, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o jornal Brasil de Fato Edição Minas Gerais. A ideia é distribuir, por mês, 400.000 jornais com uma visão popular do estado, do país e do mundo.

A proposta atende à discussão da necessidade de se construir um instrumento de comunicação que chegue à população, cuja pauta seja feita a partir do olhar dos movimentos sindical e social.

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Brasil de Fato em Minas Gerais

Qui, 09 de Maio de 2013 14:49 Brasil de Fato

Lançamento aconteceu, no dia 4, durante Encontro Estadual de Formadores do Plebiscito Popular pela redução das tarifas de energia elétrica e do ICMS na conta de luz
Depois do Rio de Janeiro, Brasil de Fato lança a sua edição tabloide em Minas Gerais. Conheça!


Sob forte emoção, a edição número zero do jornal Brasil de Fato edição tabloide Minas Gerais foi lançada, no dia 4 de maio, em Belo Horizonte. O lançamento aconteceu durante o Encontro Estadual de Formadores do Plebiscito Popular pela redução das tarifas de energia elétrica e do ICMS na conta de luz, que reuniu cerca de 700 pessoas vindas de mais de 100 cidades do estado. Assim, Minas Gerais torna-se o segundo estado a ter uma edição tabloide gratuita do Brasil de Fato, após o Rio de Janeiro, que desde o dia 1 de maio também conta com uma edição estadual.

O Brasil de Fato, edição Minas Gerais, tem como proposta colocar em pauta os temas relevantes e atuais no estado em um formato popular de tabloide, mantendo a linha editorial do jornal nacional. Para esta primeira edição número zero, foram feitos 100 mil exemplares, que serão distribuídos gratuitamente em todo o estado.

Durante a mística do encontro, a história do Brasil de Fato foi retomada, relembrando seu lançamento durante o Fórum Social Mundial, em 2003. Também foi citado o papel central de uma comunicação popular na luta dos movimentos sociais do campo e da cidade, destacando-se a importância de um veículo que unifique as pautas dos diversos movimentos em Minas Gerais, onde o governo estadual exerce grande controle sob a mídia comercial.

Joana Tavares, jornalista da edição mineira, explicou que o lançamento do Brasil de Fato nacional foi uma atitude de ousadia, ressaltando a dificuldade em se manter um jornal nacional de esquerda no país há 10 anos. Ela também classificou como ousada a iniciativa de produzir uma versão estadual do jornal, encarando as incertezas financeiras, estruturais e a ingerência do governo estadual sobre a mídia comercial.

Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT/MG e coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindi-UTE/MG) destacou a importância de o jornal representar a unidade, apresentar diversas pautas dos movimentos sociais e sindicais.

Joana enfatizou a importância do comprometimento das diversas entidades e movimentos presentes para que a iniciativa não se encerre na edição zero, mas que tenha continuidade com outras inúmeras edições. Além das falas de alguns integrantes de movimentos sociais e da leitura do editorial do jornal, durante a mística, também foi lida a poesia “Rondó da Liberdade”, de Carlos Marighella. O lançamento terminou animado ao som da música Coração Civil, de Milton Nascimento.

Veja a capa da primeira edição:




Confira o editorial da edição número 0 do Brasil de Fato, edição Minas Gerais:

Editorial - Um Grito de Liberdade


Há muito tempo o povo mineiro sonha com um veículo de comunicação comprometido com uma visão popular de Minas, do Brasil e do Mundo. Um veículo de comunicação que esteja a serviço da transformação da realidade de desigualdade e exclusão. Que atenda aos ideais de democracia, pluralidade e diversidade na cobertura dos fatos.

Um jornal bonito, moderno e acessível a toda sociedade, mas principalmente à população trabalhadora, formadores de opinião e aos mais pobres.

Essa iniciativa requer ousadia e coragem. Ousadia porque queremos fazer um jornal de qualidade, com bons repórteres, bons artigos, que seja atraente e interessante ao conjunto da população. Coragem porque precisamos ter autonomia suficiente para não nos sujeitarmos à lógica de mercado, que tenderia a deturpar o projeto.

As condições foram criadas. E temos a alegria de, a partir de maio, colocar nas ruas, gratuitamente, o Brasil de Fato – Minas Gerais. Sem dúvida, um grito de liberdade.

A população mineira e aos seus mais belos sonhos dedicamos as edições desse jornal.

E convidamos a cada um e cada uma a se somar conosco para viabilização desse grande instrumento de transformação e compromisso com o povo.

Site da ONU denuncia violência contra jornalistas


Para marcar o Dia Mundial de Liberdade de Imprensa – 3 de maio – a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil e o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) lançaram na quinta-feira (2 de maio) a versão em português do Plano de Ação das Nações Unidas sobre a Segurança de Jornalistas e a Questão da Impunidade.

O documento, elaborado em conjunto por agências, fundos e programas da ONU, foi criado para apoiar o direito fundamental de liberdade de expressão, assegurando que os cidadãos sejam bem informados e participem ativamente na sociedade.

Também está sendo lançado o site www.segurancadejornalistas.org onde poderão ser encontradas – além do Plano de Ação – informações sobre sua adoção, dados sobre a violência contra profissionais de mídia do Brasil e do mundo e notícias sobre o tema.

A estratégia de implementação do Plano de Ação, traduzido para o português pelo Instituto Vladimir Herzog, inclui:
• Ajudar governos a desenvolver leis de salvaguarda de jornalistas e mecanismos favoráveis à liberdade de expressão e informação;
• Conscientização de cidadãos para que compreendam as consequências danosas de quando a liberdade de expressão de um jornalista é cerceada ou reduzida;
• Treinamento para jornalistas em segurança e segurança digital; provisão de plano de saúde e seguro de vida;
• Estabelecer mecanismos de resposta de emergência em tempo real;
• Fortalecer a segurança de jornalistas em zonas de conflito;
• Descriminalização da difamação;
• Encorajar remuneração adequada para funcionários em tempo integral e profissionais freelance;
• Incrementar a proteção a mulheres jornalistas em resposta à crescente incidência de assédio sexual e estupro.

Em mensagem conjunta por ocasião do Dia Mundial de Liberdade de Imprensa, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, alertam que mais de 600 jornalistas foram mortos nos últimos dez anos, muitos durante a cobertura de situações não conflituosas.

“Um clima de impunidade permanece – nove entre dez casos de assassinato de jornalistas ficam impunes. Muitos jornalistas também sofrem intimidações, ameaças e violência, ou são detidos de forma arbitrária e torturados, frequentemente sem acesso a recursos legais”, afirmam.

Fonte: Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro, com informações da ONU
Publicado em:  http://www.fenaj.org.br

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Roberto Heloani: Organização do trabalho induz à agressão

Roberto Heloani: Organização do trabalho induz à agressão

publicado em 1 de maio de 2013 

Chaplin já dizia…

do Instituto Humanitas Unisinos, sugerido pela Sgeral, reprodução parcial

A partir da experiência que possui ao longo dos anos na área da Psicologia do Trabalho, o professor Roberto Heloani, da Unicamp, identifica que foi se criando uma cultura dentro das organizações cujo mote é o seguinte: “aproveite enquanto der; o futuro ninguém sabe; nem você tem controle desse futuro”.

Na entrevista que aceitou conceder por telefone à IHU On-Line, ele argumenta que, em uma situação como essa, “não se pode esperar dos jovens sonhos de longo prazo, uma lealdade estrita às pessoas e à organização e, muito menos, uma dedicação incondicional. Ele pode até trabalhar muito, até 16 horas por dia, como alguns trabalham, mas é um trabalho voltado para si, que quer uma recompensa rápida, imediata e de preferência segura. Ele construiu uma lógica que não é perversa”.

E continua: “temos uma organização do trabalho que exige uma nova modelagem, uma nova subjetividade – chamo isso de manipulação da subjetividade – e responde com uma nova subjetividade: sendo individualista para melhor se adaptar a essa realidade. Quem é perverso não é o jovem, nem o gestor, nem o chefe. Se tem alguém perverso é a própria forma de organizar o trabalho. Essa forma diferenciada de organizar o trabalho tem obviamente benefícios, pontos positivos, mas também tem muitos pontos negativos”.

Graduado em Direito pela Universidade de São Paulo – USP e em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, José Roberto Montes Heloani é mestre em Administração pela Fundação Getúlio Vargas/SP e doutor em Psicologia pela PUC-SP. É professor e pesquisador da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, na área de Gestão, Saúde e Subjetividade.

Também é professor conveniado junto à Université de Nanterre (Paris X). Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia do Trabalho, Saúde no Trabalho e Psicodinâmica do Trabalho. É membro-fundador do site www.assediomoral.org, coautor de Assédio moral no trabalho (São Paulo: Cengage Learning, 2008), e autor de, entre outros, Gestão e organização no capitalismo globalizado – História da manipulação psicológica no mundo do trabalho (São Paulo: Atlas, 2003).

Confira a entrevista.


IHU On-Line – O que caracteriza o perfil dos jovens no mercado de trabalho? Como a intolerância a problemas e a cobrança por resultados aparece, nesse sentido?

Roberto Heloani – Em primeiro lugar, precisamos reconhecer que o mundo do trabalho mudou de forma significativa, e aqui me refiro à forma de organizar o trabalho.

Há 30 anos uma pessoa entrava para uma grande organização e sabia que poderia permanecer lá a vida toda, caso tivesse um bom desempenho, fosse uma pessoa leal à organização, que se aplicasse, se qualificasse, aproveitasse as oportunidades oferecidas pela organização, e se fosse minimamente disciplinada. E o sonho de muitos jovens era justamente fazer carreira na organização e depois ser substituído pelo próprio filho.

Isso caracterizou o que chamamos de modelo fordista de produção, que era piramidal, com uma hierarquia mais explícita – não é que não se tenha hierarquia hoje em dia, apenas pessoas ingênuas pensam que ela não existe.

Em consequência disso, o grande sonho era fazer certos sacrifícios, postergar a felicidade para depois ter os louros, a recompensa. O próprio modelo de produção era de longo prazo. Hoje não.

Esse jovem já entra na escola e logo acaba recebendo a ideologia da internet, da informação virtual, na qual não se exige do sujeito grande reflexão, mas muito mais uma pró-atividade de resposta. Isso não quer dizer que o sujeito está pensando, mas que ele está sendo treinado para responder rapidamente.

O resultado disso é que, quando ele entra no mundo corporativo, começa a ouvir comentários de que aquela pessoa que estava lá outro dia já não está mais e que a média de permanência naquela organização é de 2 a 3 anos.

Daí ele para e pensa: afinal de contas, me é permitido pensar que vou passar minha vida toda aqui? Será que essa será a minha casa? Será que devo compartilhar minhas angústias e incertezas com esse grupo? É outra lógica.

Uma coisa é ter um amigo, uma pessoa com a qual você compartilha as ansiedades, desejos, medos, receios, neuras. E outra coisa é ter uma amizade profissional.

Esse jovem, desde cedo, aprende que no mundo do trabalho atual é preciso construir amizades profissionais, o que é diferente de construir amizades. A amizade profissional dura enquanto for do interesse de ambos.

São raras as pessoas que saem de uma organização e mantêm contato com seus ex-colegas. Será que é porque são pessoas perversas e frias? Nada disso. São pessoas “normais”, que aprenderam que ter uma relação afetiva e efetiva pode ser até perigoso, porque essas amizades são datadas, não são verdadeiras.

A relação que se estabelece com os colegas é a mesma que se acaba tendo com as empresas. E esse perfil vai sendo moldado.

Mais do que isso: vai se criando uma cultura dentro das organizações, e hoje boa parte delas está moldada por essa lógica, cujo mote é o seguinte: aproveite enquanto der; o futuro ninguém sabe; nem você tem controle desse futuro. É claro que em uma situação como essa não se pode esperar dos jovens sonhos de longo prazo, uma lealdade estrita às pessoas e à organização e, muito menos, uma dedicação incondicional.

Ele pode até trabalhar muito, até 16 horas por dia, como alguns trabalham, mas é um trabalho voltado para si, que quer uma recompensa rápida, imediata e de preferência segura. Ele construiu uma lógica que não é perversa.

Temos uma organização do trabalho que exige uma nova modelagem, uma nova subjetividade – chamo isso de manipulação da subjetividade – e responde com uma nova subjetividade: sendo individualista para melhor se adaptar a essa realidade.

Quem é perverso não é o jovem, nem o gestor, nem o chefe. Se tem alguém perverso é a própria forma de organizar o trabalho.

Essa forma diferenciada de organizar o trabalho tem obviamente benefícios, pontos positivos, mas também tem muitos pontos negativos.

Não é à toa que ainda nesta década, até 2020, segundo relatórios internacionais, a segunda causa de afastamento do trabalho será o transtorno mental, sendo que a mais recorrente será a depressão. Isso é gravíssimo. Uma característica muito forte desse modelo de organização do trabalho é a solidão. Encontra-se rodeado de pessoas, mas verdadeiramente se está só.

IHU On-Line – Quais são os novos formatos da agressão no trabalho?

Roberto Heloani – Quando comecei a trabalhar com o tema do assédio moral, há mais de 15 anos, o assédio era mais explícito. Mas de uns tempos para cá ele está cada vez mais sofisticado, mais sutil. Temos o assédio a jornalistas, na área de serviços, na justiça, tem assédio a médicos, na academia, até nas grandes universidades, como USP e Unicamp. Ou seja, não é que o assédio não existisse há décadas. É óbvio que sim, mas por que hoje se fala tanto e por que ele tanto se disseminou?

Essa nova lógica do trabalho tende a reificar a coisificação das pessoas. Hoje não tenho grandes amigos, pois as pessoas que trabalham comigo poderão vir a ser meus concorrentes para uma futura vaga. Isso para um jovem de 20 e poucos anos é muito duro. É muito deseducativo saber que ele vai ter que desejar que tantas pessoas se deem mal para que ele garanta sua vaga.

O próprio modelo de organização prega o trabalho coletivo. No entanto, as avaliações continuam sendo individuais. Isso causa na cabeça das pessoas uma sensação de guerra constante. Esse é o modelo indutor de agressão. Então, teremos desde agressões mais grosseiras e explícitas até aquelas bem sutis, acompanhadas de elogio, com grande cinismo. Não é à toa que o assédio moral se sofisticou, está complexo, mas extremamente destrutivo.

IHU On-Line – Qual o preço que os trabalhadores do mundo inteiro estão pagando em função da crise financeira internacional? Qual a especificidade do Brasil?

Roberto Heloani – A crise nos países europeus nos mostrou muito bem isso. A gente sabe que a União Europeia é algo difícil de se estabelecer, uma ficção.

Não quero ser pessimista, mas me diga o que um português tem a ver com um grego? O que um grego tem a ver com um alemão? Sabemos que foi uma tentativa de fazer um acordo econômico.

No entanto, a Europa tem línguas e culturas muito diferentes. Já não era uma união fácil. O que mantinha unidos povos tão diversos, que há pouco tempo se digladiavam, era o interesse econômico e o Welfare State – Estado-previdência.

Os países capitalistas centrais tentaram – e conseguiram – bolar um sistema na lógica keynesiana de redistribuição, que é a lógica da social-democracia.

O projeto keyenesiano é um estado, dentro do capitalismo, minimamente protetor. Isso, até certo ponto, manteve as coisas a contento.

Quando, a partir da década de 1980, esse projeto vai sendo paulatinamente substituído pelo projeto neoliberal, teremos o seguinte: o projeto neoliberal vai pregar, afinal de contas, outra lógica, que é a do “salve-se quem puder”, a lógica do Estado mínimo.

Não compete ao Estado ficar pensando muito em educação, saúde, segurança, mas compete ao indivíduo. Esse projeto neoliberal diz o seguinte: você é o principal responsável por você próprio. Esse negócio de sociedade é um “lero”. O neoliberalismo vai, pouco a pouco, minando o Estado protetor, vai tornando esse Estado cada vez menor, menos interventor, menos positivo. E o mercado vai fazendo a vez do Estado.

É claro que, quando se tem uma concepção de Estado dessa forma, se acaba tendo outra concepção de sociedade e de homem, que vai induzir as pessoas a terem projetos voltados a um pequeno grupo social: a si e a família.

Essa nova lógica econômica respinga nos países latino-americanos. Por que o Brasil foi um dos menos afetados? Porque ele foi, na América Latina, um dos poucos países que não aderiu ao projeto neoliberal. Ao contrário da Argentina e principalmente do Chile, onde a previdência foi privatizada.

O respingo da financeirização no Brasil ocorreu e ocorre até hoje. Temos uma inflação latente, um medo latente; porém, apesar de tudo isso, por termos um Banco Central com políticas de intervenção, graças ao governo Lula e ao Bolsa Família, conseguimos incluir como consumidores uma parcela significativa da população que estava totalmente à margem.

É a política interna e as políticas públicas, as ações concretas do governo que amortecem os efeitos, ou, pelo contrário, exponenciam e os aumentam.

Nunca tivemos Estado de bem-estar social no Brasil. O emprego formal aumentou recentemente. Tem mais gente com carteira assinada, mas ainda temos subemprego.

Onde se tem um capital financeiro muito forte em detrimento da produção, é claro que isso trará consequências para a questão do emprego. Há setores que estão se automatizando cada vez mais. Há também a questão dos terceirizados, que será regulamentada agora.

Temos uma situação de uma classe média que perdeu muito, temos as chamadas classes C, D e E que se mantiveram, mas permanece no Brasil um percentual mínimo de pessoas, da ordem de 2%, que detém uma quantidade de riqueza estonteante.

Isso é justamente consequência do processo de financeirização da economia.

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