24/mar/2016
Na Casa de Portugal, em São Paulo, sindicalistas de várias centrais e ramos se reuniram no dia 23 de março, durante plenária de Sindicalistas em Defesa da Democracia e dos Direitos Sociais.
A abertura do evento contou com a apresentação de vídeo com diversas lideranças sindicais de todos os continentes defendendo a democracia no Brasil e a importância de Luiz Inácio Lula da Silva. O ponto alto do vídeo foi a participação do ator Danny Glover, manifestando seu apoio a Lula. Também foi lido e votado um manifesto em favor da democracia.
Representantes da Intersindical, da CSD, Nova Central Sindical, UGT, Força Sindical e CTB participaram da plenária em defesa da democracia, denunciando o golpe da mídia e do Judiciário e também cobrando mudanças econômicas para o país.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, "o golpe não é contra Dilma ou Lula, mas sim contra a classe trabalhadora". Para ele, "quem defende o impeachment defende também a terceirização irrestrita, defende o fim da carteira de trabalho, defende a diminuição das férias. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) pagam página nos jornais para defender o golpe. A CUT está do outro lado, de quem defende a Democracia e os Trabalhadores”, garantiu.
Nada é mais importante do que a democracia
“Nem que seja a última coisa que eu fizer na minha vida, eu vou ajudar a Dilma a governar este país”, anunciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento. Disse que está disposto a cooperar com a presidenta Dilma Rousseff para trazer o Brasil de volta ao crescimento econômico, pleno emprego e combater a tentativa de golpe em vigor.
“Nem que seja a última coisa que eu fizer na minha vida, eu vou ajudar a Dilma a governar este país”, anunciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento. Disse que está disposto a cooperar com a presidenta Dilma Rousseff para trazer o Brasil de volta ao crescimento econômico, pleno emprego e combater a tentativa de golpe em vigor.
Lula afirmou que a presidenta já o havia convidado para fazer parte do governo no ano passado. Ele relutou, por acreditar que ex-presidente trabalhar junto com a atual “não é algo fácil”. Porém, por causa da pressão da oposição contra a presidenta, a crise econômica e a tentativa de golpe, aceitou ser ministro-chefe da Casa Civil neste momento.
“Mas se engana quem acredita que só posso ajudar a presidenta como ministro”, disse. O ex-presidente explicou com pretende ajudar o governo: “Vou fazer o que mais sei fazer na vida: conversar e ouvir as pessoas”.
O fato de o Brasil viver o período de democracia ininterrupta mais longo de sua história foi lembrado por Lula. “Nada é mais importante que a democracia. Quem tem a minha idade sabe a sua importância”, enfatizou. Ele se lembrou das perseguições políticas e tentativas de golpe que sofreram alguns outros ex-presidentes: Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e, por fim, o golpe consumado contra João Goulart, em 1964.
Sobre o acirramento político nas ruas, Lula afirmou que ninguém que veste verde-e-amarelo pode se considerar mais brasileiro que os outros e a polarização é um mal para o país. “Nós não queremos ser uma sociedade dividida, mas inclusiva. A mídia está fazendo a gente se dividir. A mídia está fazendo, como eles gostam de acusar, a gente virar uma Venezuela nos tempos do Chávez”.
“Nós sabemos quem cria o ódio neste País. Basta ligar a TV”, afirmou, para a plateia começar a entoar cânticos contra a Rede Globo.
Assista a íntegra do vídeo produzido pela tevêFPA
Fotos: Marcio de Marco