De repente de seu covil urinado e sonolento, covil de escravos
A Europa desperta feito um relâmpago... meio surpresa consigo,
Pés sobre cinzas e farrapos... Suas mãos esganando a garganta dos reis.
Ah, fé e esperança! Ah, doloridos fechos de vidas!” Tantos doentes de coração!
Concentrem-se neste hoje, e se refaçam.
E vocês, pagos para corromper o Povo... prestem atenção, mentirosos:
Não foi por agonias infinitas, assassinatos, luxúrias,
Para a corte roubar em suas miríades de formas mesquinhas,
Parasitando os salários de fome dos pobres;
Promessas demais foram juradas pelos lábios dos reis, E quebradas, por isso motivo de riso
E que estando no poder, não foi por isso que ressoamos golpes de vingança pessoal
...ou rolam as cabeças dos nobres;
O Povo tinha nojo da ferocidade dos reis.
Mas a doçura do perdão destilou uma destruição amarga, e os regentes assustados retornaram:
Cada um paramentado com seu séqüito... carrasco, padre e coletor de impostos... soldado, advogado, carcereiro e delator.
Por trás de tudo, repare, tem uma Forma,
Vaga como a noite, interminavelmente drapejada, testa e forma em dobras Escarlates,
Com face e olhos que ninguém pode ver,
Fora de seu manto apenas isso... os mantos mesmos, vermelhos, erguidos
pelo braço,
Um dedo aponta longe para cima, como cabeça de serpente aparecendo.
Enquanto isso cadáveres jazem em túmulos recentes... cadáveres
ensaguentados de jovens;
A corda da forca baqueia com força... as balas dos príncipes voam... os
Poderosos gargalham,
E todas essas coisas geram frutos... e eles são bons.
Cadáveres de jovens,
Esses mártires pendurados nas forcas... com os corações varados de Chumbo,
Frios e imóveis parecem... viver em algum lugar com um vitalidade
imassacrável.
Eles vivem em outros jovens, oh, reis,
Vivem em seus irmãos, de novo prontos pra desafiar vocês:
Foram purificados pela morte... Foram ensinados e exaltados.
Não há túmulo de alguém assassinado pela liberdade onde não
cresça a semente
da liberdade... que por sua vez gera sementes,
que o vento leva pra longe e re-semeia, sendo nutridas por chuvas
e neves.
Não há espírito capaz de deixar livres as armas dos tiranos,
Mas se impõe invisivelmente sobre a terra... sussurando e aconselhando e
Prevenindo.
Que outros se desesperem com você, liberdade... eu nunca me desespero.
A casa está fechada? O professor saiu?
No entanto fique esperto... e não se canse de esperar,
Ele logo vai voltar...seus mensageiros estão chegando.
* O poeta americano, sintonizado com o crescente movimento abolicionista, a editou o jornal (“Freeman”, do Brooklin em New York) e participou como delegado na histórica convenção nacional do “Solo Livre”, quando 30 mil delegados de todo o país celebram o movimento que lutava pela aprovação de uma lei de abolição da escravidão em todo o território novo anexado.
* tradução de Rodrigo Garcia Lopes
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