Publicado em: http://www.fenaj.org.br/ | |
Em
solenidade realizada no dia 10 de novembro, durante o 35o Congresso
Nacional dos Jornalistas, a FENAJ lançou o relatório “Violência e
Liberdade de Imprensa no Brasil 2011”, elaborado por sua Comissão de
Direitos Humanos e anunciou os preparativos para a instalação da
Comissão Nacional “Memória, Verdade e Justiça” dos jornalistas, que visa
colher informações e depoimentos sobre jornalistas agredidos na
ditadura militar a serem, posteriormente, encaminhados à Comissão
Nacional da Verdade do Governo Federal.
"Os autores dos crimes, por quererem calar aquele que por ofício denuncia, revela e exige justiça, quase sempre representam o surgimento de um estado dentro do estado. Uma espécie de pára-estado que, à revelia da lei e da justiça, julga e justicia aqueles que incomodam seus interesses. A morte de jornalista é o início da morte do estado de direito", sentencia o presidente da FENAJ, Celso Schröder, na apresentação do relatório “Violência e Liberdade de Imprensa no Brasil 2011”. O documento, distribuído aos Sindicatos de Jornalistas e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, entre outros órgãos federais e internacionais, registra 60 casos de violências contra jornalistas praticadas em 2011. Delas constam 24 agressões físicas e verbais, 10 ameaças, 6 assassinatos, 3 atentados, 7 censuras e processos judiciais e 3 casos de detenção e tortura. O estado "campeão" em número de registros foi o Pará, com 9 casos, seguido de São Paulo, com 8 registros. Entre os temas que motivaram a violência contra jornalistas no país, destacaram-se as denúncias contra políticos ou contra a administração pública, com 16 registros. Presente na solenidade onde também foi anunciada a criação da Comissão Nacional “Memória, Verdade e Justiça” dos jornalistas, Gilney Viana, assessor especial da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e coordenador do Projeto Direito à Memória e à Verdade da SDH, exibiu um documentário produzido em 2009, alusivo aos 30 anos da anistia, com imagens inéditas do período da ditadura. Nos debates, destacou-se que, apesar da ampla campanha Nacional pela Anistia Geral e Irrestrita, a Lei da Anistia aprovada foi um acordo das elites que não reparou os crimes cometidos contra os ativistas políticos e seus familiares que foram vitimas da repressão e isentou os autores e mandantes da violência de Estado. Os trabalhos da Comissão Nacional “Memória, Verdade e Justiça” dos jornalistas serão coordenados pelo diretor da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade. Entre os nomes cotados para compor a Comissão estão Audálio Dantas, Carlos Alberto Oliveira (Caó), Nilmário Miranda e Rose Nogueira. Após consulta aos indicados, a FENAJ fará o lançamento oficial da Comissão. A expectativa é de que o levantamento esteja concluído até agosto de 2013. |
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