quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Shame - Ingmar Bergman

Os efeitos de uma guerra civil no relacionamento de um casal de músicos. Eva e Jan Rosenberg, ambos violinistas que, desde o fim de sua orquestra, trabalham em uma fazenda isolada para ganhar a vida. Após a invasão de tropas rebeldes, a paisagem antes bonita é transformada em uma "vergonha", um pesadelo de morte e destruição.

Premiações
Indicado ao Golden Globe de Melhor Filme em Língua Estrangeira em 1969
Vencedor do Cinema Writers Circle Awards, na Espanha na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.








Como em todos os filmes que assisti do grande mestre sueco Ingmar Bergman, é difícil exprimir em palavras as sensações e múltiplas reflexões que nos invadem após assistir Skammen (Brasil: Vergonha / Portugal: A Vergonha), um filme de 1968 em preto e branco, escrito e dirigido por Ingmar Bergman e estrelado por Liv Ullmann e Max von Sydow.

Shame é um dos filmes menos conhecidos de Bergman (1918-2007). Foi rodado na ilha de Faro, onde morava o diretor. Filmado logo depois de "A Hora do Lobo", é o único filme de guerra de Bergman. O filme não identifica que guerra, ou o que esta acontecendo exatamente. Na verdade, o que lhe interessa é mostrar como os seres humanos reagem a uma situação de guerra. Embora tenha sido feito durante a Guerra do Vietnã, é uma filme contra qualquer guerra, não importa de que lado você esteja.

Indicado ao Globo de Ouro de filme estrangeiro, ganhou no National Board of Review como filme estrangeiro e atriz. Para Liv Ullman, "o filme rodado com o mínimo de orçamento e o máximo de rigor, é uma alegoria sobre o povo na guerra, sobre gente comum, que mal entende os motivos do conflito, quem está do lado certo ou errado; guerra como o mal social definitivo. Mostra a desintegração das pessoas e de um casal, numa situação louca e sem sentido."

Intensidade dramática, luz, som, montagem, interpretação. Com uma bela fotografia em preto e branco, Bergman explora a atmosfera psicológica dos personagens que colaboram com a criação cinematográfica em excelentes interpretações.

Vale a pena assistir esta obra prima cinematográfica de Ingmar Bergman, um de nossos gênios do cinema.

Taís Ferreira - Jornalista

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