quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A democratização da informação no Brasil

* Bárbara Lobato

Uma das propostas e frentes de trabalho do atual governo liderado pela presidente Dilma Rousseff está no pilar da comunicação. Prova disso é seu discurso, no dia 1º de janeiro, em que destaca o compromisso com a transparência e a liberdade no acesso às informações. Embora seja um discurso do governo federal, e que se projeta na fala do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ainda há muito a ser feito pelo Brasil no que diz respeito ao acesso à informação, principalmente para a internet.

Passada a época em que a comunicação era unidirecional, em que o receptor de mensagem apenas consumia conteúdo e o diálogo era sobre determinado assunto em mesas de bares, padarias ou igrejas, agora o Brasil – e o mundo – vive uma nova era. É claro que o Brasil avançou muito em termos de comunicação com a World Wide Web (que em português significa Rede de alcance mundial). Mas ainda estamos atrás de países como Argentina, Rússia e Grécia.

Um debate no espaço cibernético
O acesso à internet no Brasil é caro. Por volta de R$ 100,00. E é lento. Nenhuma das empresas garante a entrega da velocidade ofertada, e o consumidor, ao contratar os planos de velocidades inferiores, acaba pagando muito mais caro pelo megabite. É um entrave e o governo, sozinho, não conseguirá resolver. É preciso avançar o debate e as ações com as grandes empresas de telefonia. Precisamos de atitudes, mesmo que em projeto-piloto, para servir de exemplo de sucesso. Novas fórmulas demoram a ser implantadas e quase nunca dão certo no final.

Na ponta desse exemplo, temos o Gesac – os telecentros comunitários –, um programa do Ministério das Comunicações que já levou 12 mil pontos de banda larga para cerca de 5.000 municípios. É notório que o acesso ao debate e a busca pela transparência é uma bandeira levantada pela sociedade civil como a ferramenta em rede: a internet. Mas ainda há muito no que avançar para buscar a qualidade no acesso.

E que as informações sejam disseminadas para que uma evolução aconteça: um debate de esfera pública no espaço cibernético.

* Especialista em Comunicação e multimídia pela PUC-GO

Publicado no Observatório da Imprensa em 11/01/2011

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