terça-feira, 16 de agosto de 2011

Almoço mais divertido com curtas nacionais


CAIXA CULTURAL DO RIO
Desta terça-feira, dia 16, até 2 de setembro, a Caixa Cultural do Rio oferece boa diversão no Centro da cidade, em sessões de até 25 minutos, duas delas dedicadas aos alunos da rede pública. Por Solange Noronha
16/08/2011 
Guilherme Whitaker e Macus Mannarino (Fonte: Reprodução/Divulgação)
Para quem trabalha no Centro do Rio, a hora do almoço pode ficar mais divertida desta terça-feira, dia 16, até 2 de setembro. A série “Curta no almoço” chega à sua nona edição na Caixa Cultural e quem decide o que passa na terceira semana é o público, escolhendo os melhores entre os 15 curtas selecionados pelos jornalistas Marcus Mannarino e Guilherme Whitaker. Em 2007, os dois criaram a mostra, que só no ano passado ganhou edição similar em São Paulo, segundo Guilherme: “A ideia surgiu do fato de não existir nada parecido na cidade e de o curta-metragem ser ideal para se passar um tempo rápido que muitas pessoas têm livre na hora do almoço. É um evento voltado para quem trabalha naquela região. Ninguém vai sair de casa para assistir a uma sessão que tem, no máximo, 25 minutos.”
Diretor e produtor de curtas, Guilherme conta que a seleção é feita a partir de um catálogo que hoje já tem mais de 200 títulos: “Recebemos filmes de todo o Brasil. Para o ‘Curta no almoço’, buscamos sempre aqueles com perfil mais leve, de entretenimento mesmo, para distrair as pessoas antes de elas retornarem ao trabalho. Acreditamos que elas voltam mais animadas.”

Para todas as idades

Mais de 8 mil pessoas assistiram a 121 curtas nacionais desde a primeira edição até a oitava, que foi realizada em março deste ano e teve uma média diária de público de 112 pessoas. Entre os destaques da atual programação estão a premiada animação erótica “Deu no jornal”, de Yanko Del Pino; “Caminho Teixeira”, de Alexandre Diniz, ficção baseada em fatos; “A dama do Peixoto”, de Douglas Soares e Allan Ribeiro, ambientado no Bairro Peixoto, em Copacabana; “Proibido parar”, realizado por Christian Caselli no Largo da Carioca; e “Praça Tiradentes”, um clássico de José Joffily. Os curadores têm estilos e gostos diferentes, mas fazem juntos a seleção, de acordo com Guilherme: “Eu gosto de filmes mais experimentais e ousados em termos de linguagem, o que não cabe muito no perfil do evento. Já o Marcus gosta de filmes mais narrativos e que entretenham o público — e é nele, o público, que pensamos na hora de escolher o que será exibido.”
Outra preocupação da dupla é contemplar todas as faixas etárias: “Por isso, sempre fazemos sessões especiais para crianças e adolescentes de escolas públicas e alugamos um ônibus que as traz e leva de volta. Sempre agrada muito”, diz Guilherme. O jornalista também explica por que eles só passam títulos nacionais: “A quantidade e a qualidade de filmes feitos no Brasil são imensas e a oferta de espaços para exibi-los ainda é pequena.”
Quanto à aposta no curta-metragem e ao seu potencial, Marcus afirma: “O retorno que recebemos do espectador, a cada edição, mostra que há identificação com o formato. Filmes novos e antigos estão chegando ao público — e ele está respondendo.”

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