quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Saidinha de banco de horas

 
Cuidado! Uma nova modalidade de roubo esta acontecendo em diversas empresas, e os jornalistas também estão vivenciando este fenômeno que esta se transformando em uma verdadeira epidemia, pois, os dados são alarmantes, muitos já foram vítimas da “saidinha de banco de horas”.

Apuramos que os meliantes atuam seduzindo o trabalhador, para que ele faça hora extra além da jornada de seu contrato de trabalho, e, que serão compensados com folgas posteriormente. Assim o gerente do departamento de recursos humanos vai acumulando horas extras do trabalhador no “banco de horas”.

Passado um mês o trabalhador vai conferir seus rendimentos de hora extra. Muitos acumulam por meses. Planejam uma viagem, e, quando vão ao gerente, pasmem: são vítimas da saidinha do banco de horas!!!!!! As horas extras, feitas com tanto “sangue suor e lágrimas”como diria Churchill, desapareceram do banco de horas, e o gerente antes tão solícito quando o trabalhador fazia hora extra, agora se nega ao diálogo, e não adianta apresentar papel dos créditos de hora extra, pois o roubo foi feito. As horas extras desaparecem, ou diminuem avassaladoramente. Atônito o trabalhador tem sentimentos confusos. Revolta, frustração, ira, sentimento de ter sido um idiota e, principalmente, de ter sido explorado, enganado, ludibriado. Entende, então, o que é a “mais valia: seu excesso de trabalho não remunerado, é o lucro do patrão. Alguns meliantes dispondo de conhecimentos tecnológicos, chegam a fraudar eletrônicamente o ponto, pois em algumas empresas o programa de horas trabalhadas só registra as horas de seu contrato. Como? Simples: não adianta fazer hora extra, pois o ponto só registra as 7 horas, se isso não for fraude ou estelionato não sei o que é, aliás, sei sim, é roubo!!!!!

Os meliantes não satisfeitos com a saidinha do banco de horas atuam em outra fraude seríssima: descontam do trabalhador o FGTS no contracheque mas não repassam para a Caixa Econômica Federal. Assim, o trabalhador depois de sofrer a “saidinha do banco de horas”, quando vai conferir seu extrato de FGTS, constata que foi roubado também na grana de seu fundo de garantia por tempo de serviço. A força destas quadrilhas é incrível, são organizações criminosas muito poderosas, pois através de pressão, ameaças, chantagem emocional, não pagam aos trabalhadores o salário férias e ameaçam: SE NÃO ESTIVER SATISFEITO PODE PEDIR DEMISSÃO!!!!

Há uma inversão de valores. E a vítima, agora, é culpada por querer exigir seus direitos. Diante dos fatos descritos, só resta bradar a pleno pulmão a célebre frase do Carlinhos (Marx):“Trabalhadores de todo mundo uni-vos”. Somente organizados no coletivo podemos enfrentar a “saidinha do banco de horas e outros assaltos aos nossos direitos trabalhistas. Procure seu sindicato, denuncie, não seja apenas um índice, mais um número nas estatísticas das vítimas da “saidinha do banco de horas".

Arthur Lobato, é jornalista de imagem e psicólogo

Um comentário:

  1. Caro companheiro Arthur. Belo texto, boas verdades que deveriam ser lidas por todos dessa categoria que nasceu ludibriada e nem dá pela coisa. Grandeabraço!

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