Intervozes promove debate e lança cartilha sobre fake news e desinformação
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Nos últimos anos, a expressão fake news se popularizou mundialmente e o seu
impacto na política e na vida social passou a mobilizar esforços em
diversos pa...
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
TIRADENTES MOSTRA DE CINEMA 2005
Carta de Vitória - 13/8/2007
Carta de Vitória destaca compromisso com democracia e liberdade de imprensa
Os jornalistas brasileiros, reunidos em Vitória, de 3 a 5 de agosto de 2007, para o Congresso Nacional Extraordinário de atualização do seu Código de Ética, reafirmam sua função social de oferecer à sociedade um jornalismo de qualidade, plural, responsável, ético e voltado ao interesse público. Em seu novo Código, ratificam como primeiro e essencial o compromisso com a informação como direito fundamental do cidadão, que em hipótese alguma pode ser ameaçado.A divulgação da informação correta e precisa é direito e dever dos meios de comunicação e dos jornalistas. A manipulação, a distorção e a deturpação devem ser denunciadas como atentados à cidadania. Ao mesmo tempo, o Congresso Extraordinário dos Jornalistas condena o abuso do poder econômico, a imensa concentração da mídia, a censura por pressões política e econômica e a violência - ameaças ao interesse público, à liberdade de imprensa e à democracia.Os jornalistas brasileiros reafirmam como fundamental a exigência da formação profissional universitária qualificada para o exercício do jornalismo e se dispõem a avançar na regulamentação da profissão e na luta pela criação do Conselho Federal dos Jornalistas. Em nome da valorização profissional, a categoria deve se manter vigilante contra as iniciativas de precarização das relações de trabalho, defendendo as conquistas dos trabalhadores brasileiros e a manutenção do veto à emenda 3.A defesa de um novo marco regulatório para as comunicações, que contemple os avanços tecnológicos e supere os métodos injustos e concentradores de concessões de canais de radiodifusão, deve contar com o apoio militante dos jornalistas. Apreensivos com a falta de transparência na elaboração das regras para a radiodifusão digital e a TV Pública, os jornalistas sustentam que a conferencia nacional de comunicação, construída num processo de ampla consulta nacional, deve cumprir seu objetivo histórico de elaborar novas políticas baseadas no aprofundamento da democracia e na riqueza da diversidade cultural brasileira. Exigem ainda a imediata nomeação do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, desativado desde o final de 2006.Conscientes de seu papel fundamental na construção de um Brasil mais justo, os jornalistas apresentam à sociedade brasileira seu novo Código de Ética, no qual reiteram o compromisso indissolúvel de nossa profissão com o direito à informação pública de qualidade.
Vitória, 05 de agosto de 2007.
Os jornalistas brasileiros, reunidos em Vitória, de 3 a 5 de agosto de 2007, para o Congresso Nacional Extraordinário de atualização do seu Código de Ética, reafirmam sua função social de oferecer à sociedade um jornalismo de qualidade, plural, responsável, ético e voltado ao interesse público. Em seu novo Código, ratificam como primeiro e essencial o compromisso com a informação como direito fundamental do cidadão, que em hipótese alguma pode ser ameaçado.A divulgação da informação correta e precisa é direito e dever dos meios de comunicação e dos jornalistas. A manipulação, a distorção e a deturpação devem ser denunciadas como atentados à cidadania. Ao mesmo tempo, o Congresso Extraordinário dos Jornalistas condena o abuso do poder econômico, a imensa concentração da mídia, a censura por pressões política e econômica e a violência - ameaças ao interesse público, à liberdade de imprensa e à democracia.Os jornalistas brasileiros reafirmam como fundamental a exigência da formação profissional universitária qualificada para o exercício do jornalismo e se dispõem a avançar na regulamentação da profissão e na luta pela criação do Conselho Federal dos Jornalistas. Em nome da valorização profissional, a categoria deve se manter vigilante contra as iniciativas de precarização das relações de trabalho, defendendo as conquistas dos trabalhadores brasileiros e a manutenção do veto à emenda 3.A defesa de um novo marco regulatório para as comunicações, que contemple os avanços tecnológicos e supere os métodos injustos e concentradores de concessões de canais de radiodifusão, deve contar com o apoio militante dos jornalistas. Apreensivos com a falta de transparência na elaboração das regras para a radiodifusão digital e a TV Pública, os jornalistas sustentam que a conferencia nacional de comunicação, construída num processo de ampla consulta nacional, deve cumprir seu objetivo histórico de elaborar novas políticas baseadas no aprofundamento da democracia e na riqueza da diversidade cultural brasileira. Exigem ainda a imediata nomeação do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, desativado desde o final de 2006.Conscientes de seu papel fundamental na construção de um Brasil mais justo, os jornalistas apresentam à sociedade brasileira seu novo Código de Ética, no qual reiteram o compromisso indissolúvel de nossa profissão com o direito à informação pública de qualidade.
Vitória, 05 de agosto de 2007.
Jornalistas brasileiros atualizam Código de Ética profissional
* Taís Ferreira
Jornalistas brasileiros, reunidos em Vitória, durante Congresso Extraordinário realizado nos dias 3, 4 e 5 de agosto, aprovaram as alterações no Código de Ética da profissão, que estava em vigor desde 1985. Participaram do Congresso, delegados e observadores de 23 estados. Minas Gerais participou ativamente da atualização do código. Foram eleitos em assembléia, como delegados, Janaina Ferreira da Mata, José Milton Santos, Lidyane Ponciano, Gê Alves, Aloisio Morais e Arthur Lobato. A jornalista Taís Ferreira participou como observadora.
O debate sobre a revisão do Código ganhou destaque no 1º Seminário Nacional de Ética em Jornalismo, que reuniu em Londrina (PR), 31 Sindicatos da categoria, profissionais, professores, estudantes de jornalismo e especialistas. O 32º Congresso Nacional de Jornalistas realizado em Ouro Preto (MG) ampliou a reflexão e o debate sobre o Código, inclusive, com a decisão de abrir o debate com a sociedade, num processo de consulta pública disponibilizado através do site da Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ.
As contribuições da sociedade e dos Sindicatos da categoria foram analisadas e sistematizadas por uma Comissão Nacional eleita durante o Congresso de Ouro Preto, resultando na tese guia do Congresso Extraordinário.Nestes 20 anos de vigência do Código de Ética, a atividade profissional e a própria sociedade se transformaram. A rotina produtiva tornou-se mais intensa, o emprego de novas tecnologias da informação ampliou a atuação dos jornalistas. Ao mesmo tempo, no exercício do jornalismo convivemos com baixos salários e pressões impostas pelas empresas.
Além de revisar o Código de Ética, os jornalistas que participaram do Congresso conseguiram apresentar importantes avanços na definição da atividade jornalística. Levando em conta o reconhecimento dos direitos das minorias, a ratificação da presunção de inocência, que é um dos fundamentos da profissão, que muitas vezes não é respeitado e também algumas previsões decorrentes do avanço das novas tecnologias.O novo Código de Ética prescreve a obrigação do jornalista de informar claramente à sociedade quando seu trabalho tiver caráter publicitário ou quando utiliza recursos que modifiquem as imagens originais, como a fotomontagem.
E determina que o profissional não deve divulgar informações obtidas de maneira inadequada, como o uso de identidades falsas, câmeras escondidas ou microfones ocultos, salvo se houver a exigência de esclarecimento de informações de relevante interesse público, e desde que esgotadas todas as possibilidades convencionais.O diretor de Saúde do SJPMG e membro da diretoria executiva da FENAJ, Arthur Lobato, que coordena grupos de estudos sobre o assédio moral, defendeu a proposta de que o jornalista deve denunciar à Comissão de Ética as práticas de assédio moral no trabalho.
“É fundamental o fortalecimento e a união dos trabalhadores na denúncia dos abusos nas relações de trabalho. Além disso, para coibir a prática do assédio são necessárias campanhas de esclarecimento em palestras e seminários, pois o dano psicológico e emocional é avançado e muitas vezes são necessários anos de acompanhamento psiquiátrico e psicológico para a superação deste processo de agressão psicológica.”Quando o jornalista escreve e adota o seu código de ética, compromete-se com o melhor de si mesmo, e com as expectativas da sociedade.
A ética indica que antes de tudo devem ser honestos consigo mesmos, com uma independência sem suspeitas, apaixonados pela verdade, distantes do poder e intimamente ligados ao serviço de toda a sociedade.
O Código de Ética revisado e atualizado estará disponível no site do SJPMG e da FENAJ.
jornalista – para o site do SJPMG
Jornalistas brasileiros, reunidos em Vitória, durante Congresso Extraordinário realizado nos dias 3, 4 e 5 de agosto, aprovaram as alterações no Código de Ética da profissão, que estava em vigor desde 1985. Participaram do Congresso, delegados e observadores de 23 estados. Minas Gerais participou ativamente da atualização do código. Foram eleitos em assembléia, como delegados, Janaina Ferreira da Mata, José Milton Santos, Lidyane Ponciano, Gê Alves, Aloisio Morais e Arthur Lobato. A jornalista Taís Ferreira participou como observadora.
O debate sobre a revisão do Código ganhou destaque no 1º Seminário Nacional de Ética em Jornalismo, que reuniu em Londrina (PR), 31 Sindicatos da categoria, profissionais, professores, estudantes de jornalismo e especialistas. O 32º Congresso Nacional de Jornalistas realizado em Ouro Preto (MG) ampliou a reflexão e o debate sobre o Código, inclusive, com a decisão de abrir o debate com a sociedade, num processo de consulta pública disponibilizado através do site da Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ.
As contribuições da sociedade e dos Sindicatos da categoria foram analisadas e sistematizadas por uma Comissão Nacional eleita durante o Congresso de Ouro Preto, resultando na tese guia do Congresso Extraordinário.Nestes 20 anos de vigência do Código de Ética, a atividade profissional e a própria sociedade se transformaram. A rotina produtiva tornou-se mais intensa, o emprego de novas tecnologias da informação ampliou a atuação dos jornalistas. Ao mesmo tempo, no exercício do jornalismo convivemos com baixos salários e pressões impostas pelas empresas.
Além de revisar o Código de Ética, os jornalistas que participaram do Congresso conseguiram apresentar importantes avanços na definição da atividade jornalística. Levando em conta o reconhecimento dos direitos das minorias, a ratificação da presunção de inocência, que é um dos fundamentos da profissão, que muitas vezes não é respeitado e também algumas previsões decorrentes do avanço das novas tecnologias.O novo Código de Ética prescreve a obrigação do jornalista de informar claramente à sociedade quando seu trabalho tiver caráter publicitário ou quando utiliza recursos que modifiquem as imagens originais, como a fotomontagem.
E determina que o profissional não deve divulgar informações obtidas de maneira inadequada, como o uso de identidades falsas, câmeras escondidas ou microfones ocultos, salvo se houver a exigência de esclarecimento de informações de relevante interesse público, e desde que esgotadas todas as possibilidades convencionais.O diretor de Saúde do SJPMG e membro da diretoria executiva da FENAJ, Arthur Lobato, que coordena grupos de estudos sobre o assédio moral, defendeu a proposta de que o jornalista deve denunciar à Comissão de Ética as práticas de assédio moral no trabalho.
“É fundamental o fortalecimento e a união dos trabalhadores na denúncia dos abusos nas relações de trabalho. Além disso, para coibir a prática do assédio são necessárias campanhas de esclarecimento em palestras e seminários, pois o dano psicológico e emocional é avançado e muitas vezes são necessários anos de acompanhamento psiquiátrico e psicológico para a superação deste processo de agressão psicológica.”Quando o jornalista escreve e adota o seu código de ética, compromete-se com o melhor de si mesmo, e com as expectativas da sociedade.
A ética indica que antes de tudo devem ser honestos consigo mesmos, com uma independência sem suspeitas, apaixonados pela verdade, distantes do poder e intimamente ligados ao serviço de toda a sociedade.
O Código de Ética revisado e atualizado estará disponível no site do SJPMG e da FENAJ.
jornalista – para o site do SJPMG
Nova diretoria da FENAJ toma posse em Vitória
* Texto: Taís Ferreira
Fotografias: Lucas Lobato
A nova diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas, eleita para a gestão 2007/2010, tomou posse no dia 3 de agosto, na abertura do Congresso Nacional Extraordinário de revisão do Código de Ética, que aconteceu na cidade de Vitória. O encontro contou com a participação de cerca de 120 jornalistas brasileiros, entre delegados e observadores de 23 estados.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais está representado nesta nova diretoria pelo diretor de Saúde Arthur Lobato como diretor Executivo da FENAJ, pelo presidente licenciado do SJPMG Aloísio Lopes no Departamento de Relações Institucionais, pela diretora cultural Janaína da Mata, no Departamento de Mobilização em Assessoria de Comunicação, Alexandre Campello, como membro do departamento de Educação e Aperfeiçoamento Profissional e Washington Mello como membro da Comissão Nacional de Ética.
O presidente da entidade, Sérgio Murillo de Andrade, em seu discurso de posse, destacou a votação expressiva que a Chapa 1 obteve, com 75% dos votos válidos e agradeceu a todos que participaram do processo eleitoral. Destacou a importância do Congresso para a categoria. “A cidade de Vitória vai entrar para a história por sediar um Congresso como esse, que vai revisar, após 20 anos, o Código de Ética da profissão. E a ética, que é um elemento indissolúvel no exercício profissional, deve ser colocada em prática em um exercício de reflexão diária para nós”.
Sérgio Murillo destacou outras importantes lutas da entidade. “A FENAJ está empenhada na luta contra a precarização nas relações de trabalho, pela formação do Conselho Federal de Jornalismo, e pela defesa da regulamentação da profissão. Temos que ir para a rua com as nossas reivindicações, pois é fundamental que a sociedade esteja ao nosso lado nesses embates”, completou Sérgio Murillo.
Jornalista - matéria publicada no site do SJPMG
Fonte:Boletim FENAJ
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
"Crime Delicado" em Belo Horizonte
Cobertura para TV
Arthur Lobato e Beto Brant em "Crime Delicado"
Sobre Herzorg e “O Homem Urso”
*Arthur Lobato
Uma coisa é ter em mãos cem horas de material filmado em cinco verões no Alasca, com cenas incríveis de um ser humano convivendo com ursos selvagens até o dia de sua morte, por um urso.
Outra coisa é chamar Werner Herzorg, em plena juventude aos 70 anos, para a partir deste material fazer um filme. Não um filme sobre ursos, mais que um filme sobre este homem e sua relação com os ursos, mas um filme que lança perguntas, sem julgamentos, sobre o que é um ser humano e suas motivações para fazer o que faz.
Herzorg roteiriza, entrevista, narra em off, com sua voz rouca e cadenciada, procura parentes, amigos, o legista, pilotos, ecologistas, entre outros que conviveram com o homem urso. Nas contradições de opiniões, Herzorg, sem tomar partido, tenta lançar luz sobre a questão que norteia o filme. Quem é este homem, o que o motivou a conviver com ursos selvagens no Alasca durante 13 verões?
Herzorg não dá a resposta, ele constrói um filme para que cada um, ao ver o filme tenha suas próprias respostas e dúvidas. Como cineasta, vê o olhar do cineasta ecologista, usando na edição, além do material filmado intencionalmente pelo homem urso, cenas filmadas ao acaso, de beleza cinematográfica, além da intencionalidade do autor - como o vento serpenteando a mata, os mosquitos, milhares, como nas histórias de Tio Patinhas no Alasca.
Herzorg vai com uma câmera e um cinegrafista ao Alasca, ele que já filmou na selva amazônica, no deserto do Saara, grande explorador, documentarista, cineasta que admiro intensamente. Herzorg entrevista, filma, narra, edita com o material filmado por ele, o material filmado pelo homem urso e constrói um dos melhores filmes já vistos, sobre um homem que fez a ruptura entre a cultura (civilização, humanidade) e a natureza (os ursos e seu habitat). Os esquimós, conforme entrevista, sempre viram no urso um inimigo, um animal, carnívoro, que ataca em busca de comida, mas o esquimó respeitava o urso, animal selvagem, não invadindo seu habitat, e matando ursos em caso de defesa. Havia o limite entre o homem e a natureza. O homem urso rompeu esta regra de convivência entre humanos e animais selvagens durante 13 verões.
Este homem urso, meio psicótico no meu entender, alcançou fama defendendo os ursos, foi até no Lary King (programa de entrevista americano que o Jô Soares copiou), ecologista radical para uns, maluco para outros.
Você tem que ver o filme, para entender o método de filmagem radical do homem urso, ele se aproxima dos ursos, gigantescos, toca seu nariz, filma lutas entre eles a poucos metros, mantém uma câmera no tripé, onde fala para a câmera, com o urso bem perto dele tipo uma “passagem” - cena em que o repórter aparece com o tema da reportagem ao fundo, e tem uma outra câmera nas mãos.
A câmera digital leve possibilita uma imagem perfeita, transcrita para filme, fica mais incrível ao ser exibida no escuro da sala de cinema. Entramos no filme, na magia do cinema, e conhecemos várias facetas do personagem; seus discursos, revelando seu “eu” solitário por meses. Ele faz da câmera sua “escuta” terapêutica. Estes discursos fragmentados, desesperados, não por comunicação, mas soando como desabafos, reflexões, uma busca de entendimento de si próprio, falando para a câmera em voz alta revela um homem que chama a si mesmo de “guerreiro gentil”. É um paradoxo, pois como um guerreiro pode ser gentil? São os dois lados de sua mente clivada. Ele diz que já bebeu demais, viu a luz, e a causa dos ursos é sua razão de viver e por isso não bebe mais. Noutra cena reza para Deus, Alá e “aqueles que flutuam na água”, referencia aos deuses hindus(?) para que a chuva venha. E a chuva vem (pensamentos mágicos, onipotência do pensamento), e ele agradece a esta trindade mística.
Em outra cena filma os “turistas” que vão fotografar os ursos, mas ele atrás das folhagens mais parece um animal observando os humanos.
Na entrevista com os pais a mãe tem um ursinho de pelúcia no colo da mãe, que o filho levava para o Alasca, e filmes caseiros mostram ele criança, brincando com esquilos, colocando o dedo no nariz do esquilo como fez com raposas e ursos adultos no Alasca.
Sobre este filme cheguei a redigir um texto sobre ética na imagem que iria apresentar no Congresso Nacional de Jornalistas, não sobre o filme, mas sobre um procedimento ético do cineasta Herzorg.
No dia de sua morte por um urso selvagem, que já tinha sido dopado anos atrás para extrair um dente, e tinha uma marca tatuada, como “identificação”, a câmera estava ligada com a tampa na lente, e gravou o audio, sem imagem, o ataque do urso e os gritos de morte do homem urso e de sua namorada, que o visitava neste último verão apesar dos mosquitos e certo receio do ursos. Na cena Herzorg, em silencio ouve o audio em silencio, com o fone de ouvido, se emociona, e diz para a proprietária do material, uma ex namorada ecologista, que dirige a “fundação” do homem urso: “Não ouça, destrua esta fita, ela vai ser um elefante branco para você”. Em entrevistas após o lançamento do filme Herzorg afirma “Não vou fazer um “Stunff film” (filmes geralmente pornográficos, feitos nas guerras ou em estúdios, onde se estrupam e matam pessoas na frente da câmera. Esta é a “natureza” humana...)
Isto é ética na imagem.
Se fosse no Brasil aposto que o diretor brasileiro ficaria em todos os programas de entrevistas, dizendo o contrario, coisas tipo: “Sei que é chocante, mas não podia deixar o espectador sem ouvir esta cena”, num claro discurso maniqueísta, necrófilo, de busca de audiência.
A entrevista do legista que ouviu o audio é terrível, pois ele narra o que ouviu, e que de dentro do urso foram tirados 4 sacos de restos humanos do homem urso e sua namorada ...
O piloto fala que viu uma mão, com pedaço do pulso e o relógio, que ainda funcionando foi dado meses depois para a ex namorada, e me lembro da tristeza do homem urso ao ver um bracinho de urso, devorado pelos mais fortes, uma caveira de ursinho, também devorado pelos ursos maiores famintos, uma raposa morta e seu inconformismo com a morte.
Taís acrescenta numa conversa que tivemos, a fala final de Herzorg, quando ele dá sua opinião de forma dialética num discurso duro, incisivo, em contraste com cenas belíssimas do urso pescando, mergulhando na água azul, parecendo brincar, tão humano com as solas dos pés fora da água. Herzorg afirma no texto, a questão da barreira entre o humano e o selvagem e usa cenas de close dos ursos onde o homem urso captura bem perto o olhar do urso. Herzorg afirma que não vê no olhar do urso mais do que o vazio de um animal selvagem, pronto para atacar em busca de comida, e acrescento: sem a possibilidade da intermediação simbólica, do discurso via linguagem.
Para terminar venho com uma questão do meu imaginário. Será que a mulher ao ver o namorado, homem urso tão perto do urso, não se assustou? Gritou, e fez com que o urso atacasse ambos? Ou o urso sentiu o “cheiro’ do medo da mulher ou será que ela menstruou e o cheiro da menstruação “surtou” este urso, já dopado antes, e talvez o doping, a inserção da “cultura” humana no sangue deste urso, possa tê-lo feito virar um urso psicótico. Ou talvez, apenas o instinto básico da fome foi a causa da morte do homem urso. Afinal são os instintos que regem a vida animal - fome e sexo - já dizia o bom e velho Sigmund são as pulsões, que nos movem também. Questões que levo na tentativa de entender o que não tem entendimento, a morte, o fim, o momento derradeiro da vida.
Não perca, isto é cinema, isto é Herzorg.
*jornalista e psicólogo
Uma coisa é ter em mãos cem horas de material filmado em cinco verões no Alasca, com cenas incríveis de um ser humano convivendo com ursos selvagens até o dia de sua morte, por um urso.
Outra coisa é chamar Werner Herzorg, em plena juventude aos 70 anos, para a partir deste material fazer um filme. Não um filme sobre ursos, mais que um filme sobre este homem e sua relação com os ursos, mas um filme que lança perguntas, sem julgamentos, sobre o que é um ser humano e suas motivações para fazer o que faz.
Herzorg roteiriza, entrevista, narra em off, com sua voz rouca e cadenciada, procura parentes, amigos, o legista, pilotos, ecologistas, entre outros que conviveram com o homem urso. Nas contradições de opiniões, Herzorg, sem tomar partido, tenta lançar luz sobre a questão que norteia o filme. Quem é este homem, o que o motivou a conviver com ursos selvagens no Alasca durante 13 verões?
Herzorg não dá a resposta, ele constrói um filme para que cada um, ao ver o filme tenha suas próprias respostas e dúvidas. Como cineasta, vê o olhar do cineasta ecologista, usando na edição, além do material filmado intencionalmente pelo homem urso, cenas filmadas ao acaso, de beleza cinematográfica, além da intencionalidade do autor - como o vento serpenteando a mata, os mosquitos, milhares, como nas histórias de Tio Patinhas no Alasca.
Herzorg vai com uma câmera e um cinegrafista ao Alasca, ele que já filmou na selva amazônica, no deserto do Saara, grande explorador, documentarista, cineasta que admiro intensamente. Herzorg entrevista, filma, narra, edita com o material filmado por ele, o material filmado pelo homem urso e constrói um dos melhores filmes já vistos, sobre um homem que fez a ruptura entre a cultura (civilização, humanidade) e a natureza (os ursos e seu habitat). Os esquimós, conforme entrevista, sempre viram no urso um inimigo, um animal, carnívoro, que ataca em busca de comida, mas o esquimó respeitava o urso, animal selvagem, não invadindo seu habitat, e matando ursos em caso de defesa. Havia o limite entre o homem e a natureza. O homem urso rompeu esta regra de convivência entre humanos e animais selvagens durante 13 verões.
Este homem urso, meio psicótico no meu entender, alcançou fama defendendo os ursos, foi até no Lary King (programa de entrevista americano que o Jô Soares copiou), ecologista radical para uns, maluco para outros.
Você tem que ver o filme, para entender o método de filmagem radical do homem urso, ele se aproxima dos ursos, gigantescos, toca seu nariz, filma lutas entre eles a poucos metros, mantém uma câmera no tripé, onde fala para a câmera, com o urso bem perto dele tipo uma “passagem” - cena em que o repórter aparece com o tema da reportagem ao fundo, e tem uma outra câmera nas mãos.
A câmera digital leve possibilita uma imagem perfeita, transcrita para filme, fica mais incrível ao ser exibida no escuro da sala de cinema. Entramos no filme, na magia do cinema, e conhecemos várias facetas do personagem; seus discursos, revelando seu “eu” solitário por meses. Ele faz da câmera sua “escuta” terapêutica. Estes discursos fragmentados, desesperados, não por comunicação, mas soando como desabafos, reflexões, uma busca de entendimento de si próprio, falando para a câmera em voz alta revela um homem que chama a si mesmo de “guerreiro gentil”. É um paradoxo, pois como um guerreiro pode ser gentil? São os dois lados de sua mente clivada. Ele diz que já bebeu demais, viu a luz, e a causa dos ursos é sua razão de viver e por isso não bebe mais. Noutra cena reza para Deus, Alá e “aqueles que flutuam na água”, referencia aos deuses hindus(?) para que a chuva venha. E a chuva vem (pensamentos mágicos, onipotência do pensamento), e ele agradece a esta trindade mística.
Em outra cena filma os “turistas” que vão fotografar os ursos, mas ele atrás das folhagens mais parece um animal observando os humanos.
Na entrevista com os pais a mãe tem um ursinho de pelúcia no colo da mãe, que o filho levava para o Alasca, e filmes caseiros mostram ele criança, brincando com esquilos, colocando o dedo no nariz do esquilo como fez com raposas e ursos adultos no Alasca.
Sobre este filme cheguei a redigir um texto sobre ética na imagem que iria apresentar no Congresso Nacional de Jornalistas, não sobre o filme, mas sobre um procedimento ético do cineasta Herzorg.
No dia de sua morte por um urso selvagem, que já tinha sido dopado anos atrás para extrair um dente, e tinha uma marca tatuada, como “identificação”, a câmera estava ligada com a tampa na lente, e gravou o audio, sem imagem, o ataque do urso e os gritos de morte do homem urso e de sua namorada, que o visitava neste último verão apesar dos mosquitos e certo receio do ursos. Na cena Herzorg, em silencio ouve o audio em silencio, com o fone de ouvido, se emociona, e diz para a proprietária do material, uma ex namorada ecologista, que dirige a “fundação” do homem urso: “Não ouça, destrua esta fita, ela vai ser um elefante branco para você”. Em entrevistas após o lançamento do filme Herzorg afirma “Não vou fazer um “Stunff film” (filmes geralmente pornográficos, feitos nas guerras ou em estúdios, onde se estrupam e matam pessoas na frente da câmera. Esta é a “natureza” humana...)
Isto é ética na imagem.
Se fosse no Brasil aposto que o diretor brasileiro ficaria em todos os programas de entrevistas, dizendo o contrario, coisas tipo: “Sei que é chocante, mas não podia deixar o espectador sem ouvir esta cena”, num claro discurso maniqueísta, necrófilo, de busca de audiência.
A entrevista do legista que ouviu o audio é terrível, pois ele narra o que ouviu, e que de dentro do urso foram tirados 4 sacos de restos humanos do homem urso e sua namorada ...
O piloto fala que viu uma mão, com pedaço do pulso e o relógio, que ainda funcionando foi dado meses depois para a ex namorada, e me lembro da tristeza do homem urso ao ver um bracinho de urso, devorado pelos mais fortes, uma caveira de ursinho, também devorado pelos ursos maiores famintos, uma raposa morta e seu inconformismo com a morte.
Taís acrescenta numa conversa que tivemos, a fala final de Herzorg, quando ele dá sua opinião de forma dialética num discurso duro, incisivo, em contraste com cenas belíssimas do urso pescando, mergulhando na água azul, parecendo brincar, tão humano com as solas dos pés fora da água. Herzorg afirma no texto, a questão da barreira entre o humano e o selvagem e usa cenas de close dos ursos onde o homem urso captura bem perto o olhar do urso. Herzorg afirma que não vê no olhar do urso mais do que o vazio de um animal selvagem, pronto para atacar em busca de comida, e acrescento: sem a possibilidade da intermediação simbólica, do discurso via linguagem.
Para terminar venho com uma questão do meu imaginário. Será que a mulher ao ver o namorado, homem urso tão perto do urso, não se assustou? Gritou, e fez com que o urso atacasse ambos? Ou o urso sentiu o “cheiro’ do medo da mulher ou será que ela menstruou e o cheiro da menstruação “surtou” este urso, já dopado antes, e talvez o doping, a inserção da “cultura” humana no sangue deste urso, possa tê-lo feito virar um urso psicótico. Ou talvez, apenas o instinto básico da fome foi a causa da morte do homem urso. Afinal são os instintos que regem a vida animal - fome e sexo - já dizia o bom e velho Sigmund são as pulsões, que nos movem também. Questões que levo na tentativa de entender o que não tem entendimento, a morte, o fim, o momento derradeiro da vida.
Não perca, isto é cinema, isto é Herzorg.
*jornalista e psicólogo
sábado, 5 de janeiro de 2008
Amarelo Manga
Texto sinóptico: Arthur Lobato
A cor do defunto.
O sabor agri-doce
da morte.
Amarelo Manga,
com Jonas Bloch
na velha
Mercedes Benz,
“road movie” de dia
de noite
pela periferia
do Recife velho.
Pobreza, miséria,
sofrimento, solidão,
esperança, ilusão...
O “povo” é filmado,
sem maniqueísmo,
nas esquinas,
nos locais de trabalho
e viver.
Hotel Texas
olhar de Win Wenders
sobre seu hotel decadente
chamado um milhão de dólares.
Lá estão os excluídos,
abandonados,
em um hotel abandonado,
o índio, o velho, a prostituta,
a bichinha, o padre sem fé...
Perversões:
O açougueiro,
que diz
cortando um boi,
que gente
é que é bicho
que merece morrer...
Em sua casa
não falta carne
que a mulher vomita,
reza na igreja
na cama é fria
Canibal é seu apelido
devoradora
recalcada pela religião.
Moralista,
Vomita
ao comer a carne
Que nunca falta
em sua casa...
Seu marido açougueiro
tem uma amante
que quer seu divórcio
e o seduz,
e o controla
com promessas
do sexo gostoso,
que ele
não tem
em casa.
Mas quem é de fato
apaixonado por ele
é a bichinha, cozinheira,
que joga em sua comida
pozinhos mágicos
do terreiro de candomblé.
Manda cartas para
Des-velar o amor
Revelar a amante
Para que a esposa
Separe
e ele
seja
dele.
A velha prostituta,
gorda,
sempre com asma,
sem clientes,
oxigena sua vagina.
O padre sem fé
em sua igreja tricentenária
fechada, abandonada
lacrada
com cimento.
O banquete dos mendigos:
um jantar comunitário
onde a prostituta
ao sufocar
é ajudada
pelo padre,
que passa as mãos
nos seus peitos;
bolinação explícita,
de desejos implícitos
de um padre
que perdeu a fé.
O velho,
dono do hotel
não liga para nada,
e dorme,
morrendo.
O velho morre,
a bichinha
entrega a carta
revelando o encontro
do marido
com a amante
para a Santa Canibal.
Ela vê o marido
trepando na rua
arranca a orelha
da vadia
e foge.
O marido chora,
busca consolo
na bichinha.
O filtro,
o feitiço do amor
funcionou.
Ele chora
a bicha consola
Convida
a ir ao quarto,
eles vão...
Mas ante a visão do morto
marido vai para casa.
Perdeu o amor,
a família
a amante,
e sua dignidade.
O padre não tem
coragem
de enfrentar
a morte do amigo
“Chame um pastor!”
Jonas
Procura defuntos
Amarelo Manga,
cor e sabor
Lambe seu corpo
quente
atira nele
e goza
“Desvio quanto ao objeto e objetivo”.S.F,
Troca fumo
por defuntos
com o motorista
do rabecão.
A bela ruiva
que atura
os bebuns
explode
expulsa
perdoa.
Mostra
seus pelos
Pubianos
ruivos
e o homem
que amava defuntos
Amarelo Manga
sonha
com aquela
púbis ruiva
vagina delicada
e poderosa,
exibida.
ao levantar
o vestido.
O marido briga
com a amante
e desconta
no telefone.
E o homem
Que ama
Amarelo Manga
pega aquela
Canibal
que estava
morta por dentro.
Sexo Selvagem
Perversão?????
Escova de cabelo no cu
cigarrinho aceso
ela morreu?
Filme amargo,
de revoltas
cru, real, sofrido.
belíssimo
ao mostrar
o vazio do ser humano
a fragmentação
de
Desejos
paixões
Perversões,
exclusão
Abandono, revolta, desespero.
Amarelo Manga
A cor do brasileiro
mestiço
A cor do cabelo
da canibal
que renasceu
na cama
do necrófilo
pinta o cabelo
de Amarelo Manga
símbolo da libertação
da morte
de um desejo
pervertido?
Agora
bem resolvido
ao encontrar
sua
Sexualidade Canibal
não mais recalcada pela fé
luta
Evangélicos (bem)
X
O Mal (excluídos).
Amarelo Manga:
A falência de uma nação
refletida nos seres
perdidos
sofridos
anestesiados por uma tv
sempre ligada,mesmo no velório,
junto com
o rádio
da igreja evangélica.
Amarelo Manga,
Um filme
De Cláudio Assis
A cor do defunto.
O sabor agri-doce
da morte.
Amarelo Manga,
com Jonas Bloch
na velha
Mercedes Benz,
“road movie” de dia
de noite
pela periferia
do Recife velho.
Pobreza, miséria,
sofrimento, solidão,
esperança, ilusão...
O “povo” é filmado,
sem maniqueísmo,
nas esquinas,
nos locais de trabalho
e viver.
Hotel Texas
olhar de Win Wenders
sobre seu hotel decadente
chamado um milhão de dólares.
Lá estão os excluídos,
abandonados,
em um hotel abandonado,
o índio, o velho, a prostituta,
a bichinha, o padre sem fé...
Perversões:
O açougueiro,
que diz
cortando um boi,
que gente
é que é bicho
que merece morrer...
Em sua casa
não falta carne
que a mulher vomita,
reza na igreja
na cama é fria
Canibal é seu apelido
devoradora
recalcada pela religião.
Moralista,
Vomita
ao comer a carne
Que nunca falta
em sua casa...
Seu marido açougueiro
tem uma amante
que quer seu divórcio
e o seduz,
e o controla
com promessas
do sexo gostoso,
que ele
não tem
em casa.
Mas quem é de fato
apaixonado por ele
é a bichinha, cozinheira,
que joga em sua comida
pozinhos mágicos
do terreiro de candomblé.
Manda cartas para
Des-velar o amor
Revelar a amante
Para que a esposa
Separe
e ele
seja
dele.
A velha prostituta,
gorda,
sempre com asma,
sem clientes,
oxigena sua vagina.
O padre sem fé
em sua igreja tricentenária
fechada, abandonada
lacrada
com cimento.
O banquete dos mendigos:
um jantar comunitário
onde a prostituta
ao sufocar
é ajudada
pelo padre,
que passa as mãos
nos seus peitos;
bolinação explícita,
de desejos implícitos
de um padre
que perdeu a fé.
O velho,
dono do hotel
não liga para nada,
e dorme,
morrendo.
O velho morre,
a bichinha
entrega a carta
revelando o encontro
do marido
com a amante
para a Santa Canibal.
Ela vê o marido
trepando na rua
arranca a orelha
da vadia
e foge.
O marido chora,
busca consolo
na bichinha.
O filtro,
o feitiço do amor
funcionou.
Ele chora
a bicha consola
Convida
a ir ao quarto,
eles vão...
Mas ante a visão do morto
marido vai para casa.
Perdeu o amor,
a família
a amante,
e sua dignidade.
O padre não tem
coragem
de enfrentar
a morte do amigo
“Chame um pastor!”
Jonas
Procura defuntos
Amarelo Manga,
cor e sabor
Lambe seu corpo
quente
atira nele
e goza
“Desvio quanto ao objeto e objetivo”.S.F,
Troca fumo
por defuntos
com o motorista
do rabecão.
A bela ruiva
que atura
os bebuns
explode
expulsa
perdoa.
Mostra
seus pelos
Pubianos
ruivos
e o homem
que amava defuntos
Amarelo Manga
sonha
com aquela
púbis ruiva
vagina delicada
e poderosa,
exibida.
ao levantar
o vestido.
O marido briga
com a amante
e desconta
no telefone.
E o homem
Que ama
Amarelo Manga
pega aquela
Canibal
que estava
morta por dentro.
Sexo Selvagem
Perversão?????
Escova de cabelo no cu
cigarrinho aceso
ela morreu?
Filme amargo,
de revoltas
cru, real, sofrido.
belíssimo
ao mostrar
o vazio do ser humano
a fragmentação
de
Desejos
paixões
Perversões,
exclusão
Abandono, revolta, desespero.
Amarelo Manga
A cor do brasileiro
mestiço
A cor do cabelo
da canibal
que renasceu
na cama
do necrófilo
pinta o cabelo
de Amarelo Manga
símbolo da libertação
da morte
de um desejo
pervertido?
Agora
bem resolvido
ao encontrar
sua
Sexualidade Canibal
não mais recalcada pela fé
luta
Evangélicos (bem)
X
O Mal (excluídos).
Amarelo Manga:
A falência de uma nação
refletida nos seres
perdidos
sofridos
anestesiados por uma tv
sempre ligada,mesmo no velório,
junto com
o rádio
da igreja evangélica.
Amarelo Manga,
Um filme
De Cláudio Assis
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