O polêmico projeto de criação do Conselho Federal de Jornalismo (CFJ) pode ser retomado neste ano. O objetivo, segundo o primeiro vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, é elaborar uma proposta a partir de um debate não apenas com a categoria, mas com diversos segmentos da sociedade. “O debate será feito sob outra ótica. Queremos desmanchar a ideia de ser uma ação coorporativa”, afirmou.
Em 2004, veículos, políticos e entidades – como a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação dos Diários do Interior do Rio Grande do Sul (ADI RS) – se demonstraram contrárias à criação do CFC. A Casa Civil da Presidência foi acusada de ter alterado “para pior” o texto encaminhado pela Fenaj, com o objetivo de controlar os meios de comunicação. O temor de um possível cerceamento à liberdade de imprensa e impediu o andamento do projeto.
Em 2009, de acordo com Schröder, o projeto virá com outro nome: Conselho de Jornalistas. E suas atribuições se limitarão à aplicação do Código de Ética e fiscalização da atividade. “O Conselho será uma forma de organização da atividade assim como a OAB é para os advogados”, disse.
Os planos da entidade para este ano também incluem a intensificação da luta pela regulamentação da profissão de jornalista. Para Schröder, a atuação da entidade e conseqüente mobilização da sociedade geraram “um clima extremamente positivo, embora a cautela do Supremo Tribunal Federal quanto ao prazo para julgamento”. A expectativa, segundo ele, é de que o STF reafirme a lei, pois “a opinião pública na qualidade de formação dos jornalistas um benefício para a sociedade”.
Outra meta da Fenaj é criar, em março, um grupo de trabalho para “pensar” a I Conferência Nacional de Comunicação. A previsão é de que entre junho e dezembro se realizem conferências estaduais para discutir a comunicação brasileira e, em dezembro, ocorra a conferência final, em Brasília, no Congresso Nacional.
Redação
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