sábado, 10 de janeiro de 2009

O que levou Israel a bombardear e invadir a faixa de Gaza?


O que levou Israel a bombardear e invadir a faixa de Gaza - uma área com cerca de 45 quilômetros de comprimento e 10 quilômetros de largura, ao contrário do que se divulga, não foram os foguetes lançados por terra pelo Hamas. Mais relevante foi criar uma situação para reforçar a posição pró-Israel do novo governo democrata dos Estados Unidos.

A Faixa de Gaza é um território situado no Médio Oriente limitado a norte e a leste por Israel e a sul pelo Egito. É o território mais densamente povoado do planeta, com 1,4 milhão de habitantes para uma área de 360 km². A designação "Faixa de Gaza" deriva do nome da sua principal cidade, Gaza.

Atualmente a Faixa de Gaza não é reconhecida internacionalmente como pertencente a um país soberano. O espaço aéreo e o acesso marítimo à Faixa de Gaza são atualmente controlados pelo Estado de Israel, que ocupou militarmente o território entre junho de 1967 e agosto de 2005. A jurisdição é por sua vez exercida pela Autoridade Nacional Palestina.

Em artigo publicado no jornal The Independent, o jornalista inglês radicado no Líbano, Robert Fisk, denuncia como mentiras contadas pelo governo de Israel para tentar justificar as atrocidades cometidas em Gaza. A Organização das Nações Unidas também rebateu a versão israelense, segundo a qual as escolas bombardeadas estariam abrigando militantes do Hamas.

A solução para o conflito é difícil devido as razões históricas que envolvem Árabes e Judeus. É preciso entender a forma de luta e resistência de um povo oprimido, humilhado e encarcerado na sua própria terra, não cabendo a simples criminalização do Hamas sem um aprofundamento na crise pela ocupação dos territórios. No entanto, o mundo precisa se posicionar em favor da paz, da vida, da lei e da verdade, queiram os EUA ou não.

Enquanto persistir a solução militar, enquanto perdurar a matança de inocentes, não haverá solução política. Nunca.

A paz só virá como conseqüência de uma postura genuinamente política, de um esforço verdadeiro em favor da negociação, da disposição de ouvir. A força das armas não impõe a paz, por maiores que sejam as armas. As lições da história estão aí para provar isso. Os EUA patinam no Iraque, como já foi derrotado no Vietnã, apesar de sua fabulosa máquina de guerra. Os massacres repetidos de Israel não pacificaram a região. Paz, só pela política. A guerra não interessa à humanidade.


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