Quinta-feira, 18 de Junho de 2009
Jornalismo é tão simples quanto cozinhar...
"É com grande pesar que escrevo esta carta a toda sociedade brasileira, e peço ajuda das entidades representativas, autoridades políticas e a Organização das Nações Unidas (ONU), expressando manifesto de repudio junto a atuação do Supremo Tribunal Federal que anula o decreto-lei 972/6, que regulamenta a profissão dos jornalistas.
A decisão claramente viola o Artigo XIX dos Direitos Humanos ao favorecer a interferência dos meios de comunicação sobre a decisão completa e irrestrita dos conteúdos a serem veiculados, assim como fere Constituição Federal em seu Capítulo V- da Comunicação Social, Artigo 5º, que proíbe os meios de comunicação social de serem objetos de monopólio ou oligopólio, assim como o Artigo 221 que se refere a produção e a programação da rádios e televisão do país.
Diante a atual conjuntura nacional, onde cai a “Lei de Imprensa” e a regulamentação dos jornalistas como fatos antecedentes a 1ª Conferência Nacional de Comunicação, não posso deixar de ver um conjunto de obscuros interesses políticos que visam estabelecer um “acordão” de controle estatal sobre os órgãos de imprensa públicos e privados no Brasil em ano que antecede a eleição presidencial.
Também me assusta o termômetro comparativo para base da justiça brasileira, quando um Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, diz que a má comunicação não coloca em risco a coletividade e compara a categoria dos jornalistas como cozinheiros. Quero lembrar que todo estabelecimento que envolva culinária precisa estar regulamentado e autorizado pela Vigilância Sanitária, já os meios de comunicação estão sem nenhum marco regulatório, o que possibilita a adição exagerada de “pimenta” de acordo com a angulação parcial de um fato promovendo interesses exclusivistas a alianças políticas e setores empresariais, causando possíveis e sérios problemas de diarréia na sociedade brasileira.
Por isso na qualidade de brasileiro e estudante de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, me sinto no dever de chamar a sociedade para participar das Conferências de Comunicação, municipais, regionais e estaduais para seguirmos até a Conferencia Nacional de Comunicação com uma proposta de regulamentação dos meios de comunicação, que realmente promovam espaço para liberdade de expressão e dê voz as menorias e movimentos sociais. Na esperança da reestruturação do “quarto poder”, a imprensa, séria, responsável e fidedigna com a realidade do povo brasileiro, exercendo o importante papel de denunciar as mazelas da sociedade e auxiliar sempre no constante processo de democratização do Brasil."
Bruno Domingues Micheletti
bruno.unip.jor@gmail.com
Postado por Raul às 15:52
http://votoconsciente-jundiai.blogspot.com/2009/06/jornalismo-e-tao-simples-quanto.html
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