O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou no Debate Geral da 64ª Assembléia Geral das Nações Unidas.
Data: 23/9/2009
Local: Nova Iorque, EUA
Logo nos primeiros dias de seu governo, ou foi um pouco antes da posse (não me recordo bem) quando se referiu a um subsecretário dos EUA como sendo o “sub do sub”, Lula mostrou a que veio.Em seu mandato, o mundo precisaria olhar o Brasil com outros olhos e, mais que isso, precisaria ouvir o que tínhamos a dizer. Se muita coisa ainda precisa ser feita nessa terra, para que possamos deixar de ser o “país do futuro” e possamos passar a ser uma nação presentemente soberana, desenvolvida e igualitária, é inegável que muitos passos foram dados nesses sete últimos anos. O fato de o processo de desmoralização política ter alcançado picos nunca antes vistos ou mesmo sonhados, deve-se mais a uma crise de referenciais ético-sociais vivenciados pela humanidade que a ações de indivíduos isolados, embora também o seja. O que quero dizer com isso é que a corrupção, seja ela de que matiz for, não é nova entre a espécie humana, mas a dócil aceitação dela, sim. É o que Hannah Arendt chama de banalização do mal. Com Lula conduzindo nossa não, chegamos a um índice de orgulho nacional que penso, ser sem precedentes, ou, parafraseando-o, “nunca na história desse país” o povo pôde ser tão orgulhoso de ser brasileiro. Não de forma tão palpável. A soberania é uma realidade inquestionável. Nosso lugar na comunidade internacional não é apenas perceptível, mas também audível. Nisso o ministro Celso Amorim merece ser louvado, dada a sua parcela de contribuição. Problemas existem e, com certeza, existirão sempre. Copa do Mundo e Olimpíadas não resolverão nossos problemas. Certamente até nos trarão outros tantos. Mas passos importantes foram dados, no sentido de superarmos nossas desventuras.
Prof. Fernando Nunes
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